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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ponto de vista


Sempre vai depender de como e pra onde a gente quer olhar. E não tem lugar melhor que NY pra praticar.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Bom estar em casa


Ai, que saudades.

Coisas que não fiz em NY

Lá pelo 25º dia de viagem a bateria começa a acabar e a lista de "288 coisas que eu TENHO" que fazer em NY vira a lista das "50 coisas que eu QUERO" fazer em NY. E quer saber, melhor assim. Não dá pra desencanar total de deixar o tempo escorrer, mas não dá pra querer fazer tudo e não aproveitar 100% cada coisa que se faz na fissura de fazer a próxima. Realmente, tem muita coisa por lá e sempre vai ficar uma sensação de "putz, eu devia ter ido..." Mas quer saber? Tem dias que um cineminha de mãos dadas vale mais que 100 passeios inusitados. Vai aqui uma listinha das coisas que estavam na minha lista megalomaníaca e que eu não fiz. Ficam aqui alguns bons motivos para voltar:
... não patinei no Central Park (fui umas 2 vezes, mas faltou vontade mesmo. nem sei patinar!)
... não bati perna no Harlem, não fui ao coral Gospel de domingo, não almocei no Sylvia's nem comi os famosos waffles da Amy's Ruth por lá
... não fui a nenhum mercado de pulgas
... não fui a uma casa noturna de Williamsburg
... não comi o steak do Peter Luger (a gente até foi lá, mas deu com a cara na porta porque não tinha reserva)
... não fui ao MAD, ao Tenement Museum nem ao Museu de Fotografia
... não fui ao Arlene's Grocery Store, ao Knitting Factory nem ao Annex Bar no LES
... não entrei na cabine telefônica de uma lanchonete para parar no PDT, barzinho comentado
... não comi no Freeman's, restaurante comentado no East Village nem no Morandi's no Meatpacking
... não cantei em nenhum karaokê, programa valorizado por lá
... não assisti as gravações de algum programa de auditório, tipo David Letterman
... não fui até o restaurante em que eles filmavam o Seinfield
... não fui a outra casa de jazz nem a outro stand up comedy
... não fui ao estádio dos yankees assistir a um jogo de baseball
... não fui em nenhuma balada ultra hype no meatpacking, até porque eu não tenho mais idade para ficar em fila a -10ºC esperando leão de chácara ir com a minha cara
... não fui até os cassinos de Atlantic City, até a praia decadente de Coney Island, até a praia chique dos Haptons ou até uma estação de esqui próxima de NY
E quer saber? Não fez falta.

Brasil, mostra a sua cara...


Maior mafuá no avião. Começa que a minha poltrona, a 20D, cumpriu exatamente todos os meus temores. Não, meu colega de assento não era um gordo flatulento nem uma caminhoneira de barba, como foi no meu vôo de volta de Londres. Mas o monstro mais temido de todos: uma menininha loira, de 6 anos, de moletom rosa! Socorro, né? Tudo menos isso! Alguém me devolve a caminhoneira, por favor! Acontece que a fofinha ganhou do papai e da mamãe um PSP em NY, adivinhem de que cor? E passou o vôo todo jogando um joguinho de fazer receita de bolo. Fofo, né? Se ela não estivesse com o volume do game no talo e sem fone de ouvido. E de vez em quando ainda fazendo trá-lá-lá pra acompanhar a música. Papai e mamãe achando lindo, como se não houvesse mais ninguém no avião. Mas Deus salve o ipod. Nada de Chico Buarque ou Bossa Nova que eles não são páreo para os acordes metálicos da musiquinha da Caroline (por que sempre tem que acabar com "e"?). Me armei com tudo que eu tinha de mais barulhento e dormi o sono mais heavy metal da minha vida. Mas nem assim. Acordei com uma confusão na fileira na frente da minha. Todos os aeromoços e aeromoças, o comandante e o piloto em pessoa tentando acalmar uma família. Quem me explicou tudo foi a Caroline: a garota, mais velha que eu, diga-se de passagem, foi ao banheiro e sem querer esbarrou em um senhor, que estava no banco ao lado do toilete. Cansado de tanto passa-passa pela sua poltrona o senhor se exaltou e deu-lhe um solavanco na menina. Ela, muito abalada voltou para seu lugar e disse ao pai, um senhor mais velho que meu pai, que o cara tinha batido nela. Não deu outra: o cara levantou e foi tomar satisfações. Recebeu uma avalanche de insultos e o avião ficou dividido. Tipo a ilha de Lost. Um rebosteio só. Gente mais nova querendo ir lá atrás pegar o cara, a menina idiota chorando (depois que viu que exagerou na dose e viu que a merda estava feita) e o piloto citando as "leis da aviação". Pensei no Bruno e no Dudu nessa hora e me perguntei: se o piloto está aqui tentando abafar fofoca, quem é o porra que está pilotando esta lata velha? Ridículo, mas tudo muito chique: todos de bolsas Louis Vuitton, camisas Ralph Lauren e calças Diesel recém compradas. Digno de núcleo de Santana de novela do Sílvio de Abreu.

Não falei - Parte III




Vitra. Uma loja de móveis e objetos de design no Meatpacking District. Pequena, clean, chique. E com conteúdo daqueles. Parece a loja da mostra Rough Cut que eu vi no MoMA. Mas não é. Tudo assinado, tudo com história, começo, meio e fim. Uns sofás incríveis, umas poltronas de U$12 mil dólares que dá medo só de encostar. Livros lindos. E uns objetos de decoração que dea vontade de mudar pra NY na hora só pra poder ter em casa. Destaque para as miniaturas de cadeiras - ai estas cadeiras do Chris de novo, tinha até o banquinho de elefante! - para os copos de cerâmica que imitam copos de plástico amassado (Cruncke Cups, de Rob Brand) e para um móbile modular decorativo chamado Algue, de Ronan e Erwan Bouroullec. São 6 trecos em cada caixa. Tem de várias cores. Você encaixa um no outro e compõe do jeito que quiser. U$35 cada caixa. Na hora não parece caro. Mas para ficar bacana no ambiente, vai caixa.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Nobru



Obrigada. Por ser quem você é. Por me lembrar de quem eu sou. Estes dias foram incríveis. A gente junto é a melhor coisa que existe. Conhecer o mundo com você é meu "purpose" (achou que eu ia esquecer?). 2009 vai ser o nosso ano. 

Listas

Onde a gente comeu:
... Spotted Pig
... Pastis
... Balthazar
... Gramarcy Tavern
... Schiller's
... Nobu
... Cube 63
... PJ Clarke's
... Bouchon Bakery
... Dean & Deluca
... Shake Shack
... Cafe Gitane

Onde a gente saiu:
... Santos Bar
... Webster Hall
... Le Poison Rouge
... The Living Room
... Cake Shop
... Gugenheim

Shows que a gente viu:
... Dave Brubeck
... Oasis
... Nada Surf
... Red Tag, The Mugs, The Mussels
... Wintuk Cirque du Soleil
... The 3000 AssssssCat

Cultura Pop Americana na veia:
... Parada da Macy's
... Jogo do Knicks

Musicais que a gente foi:
... Avenue Q
... Mamma Mia!
... Mary Poppins
... Jersey Boys
... Wicked

Filmes que a gente assistiu no cinema:
... 007 Quantum of Solace
... The Day the Earth Stood Still
... Spirit
... Twilight

Filmes que a gente assistiu em casa:
... Kung Fu Panda
... Burn After Read
... A Duquesa
... Traitor

Séries:
... Fringe
... Mad Man
... Heroes

Aperitivo


Todo mundo me perguntava: "45 dias? o que você vai fazer lá todo este tempo?" Na época eu também não sabia. Agora respondo: vim me apaixonar. Por mim, pela vida, pelo Bruno pela 10ª vez. O mundo é grande, tem muita coisa lá fora. NY é uma vitrine do que existe pra gente conhecer, fazer, comer, beber e experimentar. Um pedacinho de cada lugar está aqui de amostra, pra lembrar que tem muito mais lá fora. E é tão bom, ser surpreendida. Descobrir uma coisa nova. Sentir um sabor novo, ver um sorriso desabrochar por um lugar que a gente não sabia que sorria. Taí, NY em 45 dias é capaz disso. De despertar a gente pra vida. E eu vou pra ela. Agora me aguenta.

CNN


Tinha esquecido de comentar. Aqui no aeroporto tem uma loja que está vendendo as camisetas, o que me dá um bom motivo. A CNN está com uma ação de ativação de chorar de boa. De olhar para a ação, você já imagina o briefing: estimular a visitação ao site CNN.com e a permanência dos internautas no portal, além da navegação por várias notícias. Funciona assim: você lê a notícia. Algumas têm frases e manchetes tagueadas. Se você gostar da frase, encomenda na hora uma camiseta com a mesma estampada nela. Escolhe tamanho e cor da malha, modelo feminino ou masculino. Em 2 dias chega na sua casa, com um subtítulo: "li na CNN.com" A mais vendida: "Shoe hits Bush".

No aeroporto


Embarco daqui a 40 minutos. Louca de saudades do meu pai, dos meus irmãos, do Simba, é claro. Já com saudades do Bruno, que vou encontrar amanhã. E com a certeza de que NY vai deixar saudades também.

Último dia



Acordei várias vezes. Pedi pro Bru me ligar quando o avião dele saísse e quando decolasse de novo da escala em Atlanta. Às 6H e às 8H. Fora isso, dormi mal. Aquele jeito de dormir de criança que tem acampamento no dia seguinte, sabe? Melhor, quem sabe assim desmaio de sono no avião e acordo só em São Paulo, né? Pois bem, acordei de vez às 9H, acabei de fechar as malas, de esvaziar a geladeira, de levar o lixo pra fora do apartamento. Tomei um banho demorado, troquei de roupa e relaxei um pouquinho no sofá. O sofá é uma das melhores coisas deste apartamento, depois da vista. Delícia. Aí resolvi dar minha última volta. Duane Reade para comprar os iTune cards do Bruno. Entrada do MAD, só para sacar qual era a desse museu que ficava na porta de casa, tinha tudo a ver com o que eu faço e eu ignorei sumariamente. Pé no Central Park, para curtir um solzinho na cara e dar tchau pro que NY tem de melhor (não, não é o sofá do meu apartamento). Passada no Time Warner Center para comprar um café-da-manhã-almoço. Volta para o apê. Essa voltinha de 1H30 resumiu bem a cidade em que eu passei os últimos 40 e poucos dias. Dá pra fazer muita coisa em pouco tempo. Mas se você não se policiar, fica tudo muito superficial. As distâncias aqui são relativas: uma quadra, uma geração, um continente, um estilo musical. Isso é perto ou longe pra você? Realmente depende de até onde você quer chegar. É um lugar de excessos e de supérfulos. Não dá nem pra tentar pensar pequeno. Tudo é grande, tudo é muito. Da altura dos prédios, das vitrines das lojas ao pacote de absorvente que eu fui comprar na farmácia (só existe pacote com 32! pode?). NY é um lugar para somar, não acredito que as pessoas consigam realmente dividir aqui. Tem um monte de iniciativa pipocando pelo caminho: ecobag em todo canto, gente recolhendo doações para as mais diversas instituições, ong disso e daquilo, famílias de mão dadas. Mas no fundo, a cidade te empurra pra você mesmo. Mal dá tempo de almoçar sentado, como você vai pensar no outro? E as pessoas vão ficando bem auto-centradas. Cada um bem na sua. Ao mesmo tempo que é um caldeirão de culturas. Dos imigrantes e turistas. O que faz com que cada um tenha que ser 10 vezes mais tolerante. Imagina que saco, na hora do seu almoço, a fila toda atrasar porque um grego que não fala inglês quer pedir um café com leite desnatado? Aconteceu hoje. E garanto a vocês que o assistente de marketing ou contador que estava atrás de mim estava puto. Mas esperou educadamente a vez dele. Outros não vão por este caminho e tomam o partido do "eu sou melhor que você, turista idiota". Também aconteceu comigo hoje, nesta hora e meia. Saindo do parque dei de cara com um cara com um gato na cabeça. Tirei uma foto e saí andando. O cara veio atrás de mim e me pergutou: "tirou uma foto? quero meu dinheiro!" Eu, puta da minha vida, disse que não tinha dinheiro. Não tinha mesmo e se tivesse também não ia dar. O cara jogou longe o cigarro que estava fumando e me MANDOU apagar já a foto. "I'm not happy at all." Apaguei e respondi: "Neither do I, sir. Neither do I." Ser fotogrado virou emprego aqui. Coitado do gato, nesta história bizarra. Enfim, tem de tudo. E pra aproveitar tem que ter olhos e ouvidos bem abertos. Tem que deixar a cidade te levar. NY não é um lugar para descansar. Nunca foi. É um lugar para ver, para viver, para aprender e para crescer. Volto maior. E mais humana. Pelo menos é o que eu espero.

Bis


Eu não gosto muito de repetir coisas. Viajar para o mesmo lugar, comer a mesma comida, assistir o mesmo filme. Mas tem coisa que não dá pra não fazer de novo. Aqui em NY a gente repetiu pouco, mas o que a gente repetiu, valeu a pena:
- 2 vezes de PJ Clarke's
- 2 vezes de Shake Shack
- 4 vezes de cinema AMC na 42th
- 3 vezes de Schiller's, puta bolinho bom!
- 2 vezes de Dean & Deluca
- 1.000 vezes de Duane & Reade, a farmácia-supermercado que tem em toda esquina daqui e quebra o maior galho.

Start spreading the news...



I'm leaving today. O Bru foi ontem. Saiu de casa às 3H da manhã, num frio de rachar. O vôo dele saía de NY às 6H, parava em Atlanta e chega em São Paulo às 10 da noite, já contando as 3 horas de fuso-horário. Deu um aperto no coração vê-lo andando no corredor do elevador carregando aquele mundaréu de malas. Até parece que a gente vai passar um tempão sem se ver. É que o corredor daqui é comprido mesmo, uma coisa dramática. Eu vou hoje. Meu vôo sai às 17H40. Tenho que sair do apartamento às 14H. Não vai dar para fazer muita coisa, contando que já são 11H. Banho, almoço, uma última olhada no Central Park. 6H da manhã de amanhã chego aí.

Não falei - Parte II


Que rola uma disputa aqui sobre quem faz o melhor cheesecake da cidade: o Junior's ou o Lindy's. Eu tinha comido o do Carnegie Deli e achado bom. O Junior's fica no Brooklyn, então tinha desistido dele. Até que no dia 25 cruzamos com uma filial numa rua lá pela Times Square, não sei se 48th ou 50th. O restaurante estava lotado. Paramos na deli e levamos para casa. Putz bolo bom. Cremoso, aerado. Hummm. Não me dei por satisfeita. O Lindy's fica na 55th com a 6ª, aqui pertinho. Eu tinha que comparar. Dia desses fomos tomar umas cervejinhas num pub aqui na rua de traz. Saindo de lá, um frio de rachar, fomos até o Lindy's, que diz que é "open late" pra levar a sobremesa para casa. Fechado. Mas esta semana voltei lá e peguei meu cheesecake. Nem se compara ao do Junior's. É pior que o do Carnegie Deli. Então, na eleição dos meus cheesecakes favoritos de NY ficou Junior's em 1º, Carnegie Deli em 2º e Lindy's em 3º (isso porque eu não comi nenhum outro).

Não falei - Parte I



Que dia desses a gente almoçou no Balthazar. Fica no Soho. É agitadíssimo. Impossível jantar sem reserva. Mas a gente almoçou sem reserva. Clima de bistrô francês, do mesmo dono e na mesma fôrma do Pastis. O almoço é menos cheio, mais barato e tem o cardápio reduzido. Mas é uma boa maneira de conhecer o lugar sem as frescuras das reservas.

O Simba rodou


Ontem passamos na loja dos Yankees. E os caras têm uniforme do time para cachorro. Não vou postar a foto aqui pra não estragar a surpresa, mas prometo que posto assim que o modelo posar para ela.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Propaganda de Ano Novo


A Pepsi foi o 1º comercial a entrar no ar em 2009 por aqui. Pelo menos na NBC, que era quem estava transmitindo a festa. O filme é aquela animação all type que apresenta a marca nova. A Samsung fez uma ação legal lá em Times Square: distribuiu celulares que filmam para as pessoas darem suas visões da festa, num merchan com a NBC. Aqueles que filmaram e fizeram o upload tiveram seus filmes transmitidos pela rede. Parecido com aquele DVD do Beastie Boys. O ano nem começou e os caras já estão vendendo a mãe.

Times Square, só na TV


Pela TV a gente viu o que estava rolando na Times Square. E daqui do apê a gente conseguia ouvir a galera. O povo chegou às 2 da tarde para guardar lugar. Isso porque estava nevando e fazendo -8ºC de dia. Aí a polícia foi isolando as áreas que já estavam lotadas: entrou, não sai mais. Rolaram shows na Times Square e no Rockfeller Center. Muita propaganda. A Nívea distribuiu chapéus gigantes, a Pepsi cobriu a área com outdoors. Um pouquinho antes da meia noite dava pra ouvir "Imagine" do John Lennon daqui do apê, com todo mundo cantando. Daí pra contagem regressiva e a descida da "tal bola" que no meio daquele mundaréu de luz passa desapercebida e parece bem pequenininha. No outro extremo da Broadway, no Columbus Circus, show de fogos de artifício, que a gente via refletido nos prédios na frente da nossa varanda. 

Feliz Ano Novo



Com -10ºC lá fora, não dava para pensar em muita coisa na rua. E para confessar, nossa bateria também está acabando. Times Square é insano: uma multidão espremida num frio do cão sem comida nem bebida por 12 horas. E a gente não estava no pique para balada-casa noturna. Compramos uns sushis, uns vinhos e fizemos nossa própria festa de ano-novo. Com NY inteira na janela de cenário. Perfeito. Que 2009 seja incrível para todos.

O Simba vai dar graças a Deus


Eu não acho um presente legal pra ele. Não acho uma roupinha do NY Yankees ou do Knicks. Não acho uma fantasia engraçada. Uma roupa da NYPD ou dos bombeiros. Nada. Toda viagem que eu faço eu levo uma palhaçada para ele. Desta vez já fui a uns 5 pet shops e nada. Saco. Tô frustrada.

Gramercy Tavern




Fica na 20th, entre a Park Ave e a Broadway, lá no Flatiron District. Li em alguma revista, acho que na NY Mag, que ele foi eleito o restaurante preferido dos nova-iorquinos. A gente estava na rua, a fome bateu e fomos lá. O ambiente é bacana. Tinha mesa na hora, sem reserva. Pedimos lasanha de cogumelos. Estava muito boa. A sobremesa não teve nada de especial. Fomos para casa felizes com o nosso último almoço em NY em 2008.

-10ºC


O ano fechou a -10ºC por aqui. O dia 31 foi embaixo de neve. E eu não reclamei, não. Achei poético acabar o ano assim. Um substituto à altura para o nosso tradicional banho de sal grosso. Andando pelas ruas durante a tarde, com o vento gelando a cara e a neve caindo na gente dá uma sensação de que tudo que 2008 teve de ruim foi ficando congelado pelo caminho. E o que teve de bom a gente guarda quentinho aqui dentro. Pode ser bobagem, mas na falta de ritual melhor, este literalmente me caiu bem.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano Novo


A polícia isolou toda a área da Times Square até aqui em cima (o apê fica na 56th, a Times Square fica na 42th, dá pra ter uma noção da muvuca). No elevador do prédio um aviso: pra gente carregar um comprovante de residência na carteira, porque no ano passado teve gente que a polícia não deixou voltar pra casa, já que o acesso à região é limitado. Como assim, comprovante de residência? Eu nem moro aqui! Pra completar, os termômetros que ontem marcavam 4ºC hoje cairam para -4ºC e a neve começou a cair lá fora. Numa loja um vendedor nos disse que 1 milhão de pessoas, todos os anos ficam por essas ruas, esperando a contagem regressiva. Detalhe: é proibido beber nas ruas nos EUA. Ou seja, de pé, no frio, na neve e à seco. Cada um, viu?

Dia cansativo


NY tá lotada. Eu já disse aqui. Mas muito cheia mesmo. Todos os lugares em que a gente passa a gente vê fila. A primeira do dia foi uma monstruosa na porta do Carnegie Deli, a dos sandubas de pastrami. Logo cedo fomos comprar uma mala extra pro Bru. E resolvemos dedicar o dia para as compras e encomendas de última hora. Primeira parada, loja da NBA. 5ª Avenida. Zilhões de pessoas por lá. 2ª escala, loja de games na frente da Macy's, na 34th. Fila e nada de ter o que eu queria. 3ª pit stop, a própria Macy's. Insana. Paradinha para almoço. Dali para Bloomingdale's em Upper East Side. Mais tranquilo, mas não resolvi meu problema. Fomos até a Virgin em Union Square. Bombando. Dali para o Soho. Insano. E pra completar o dia, meu metro card passou 2 vezes antes de eu entrar na estação e a gente teve que esperar 20 minutos. Achamos um pub roots em Tribecca, com foto de policial morto em combate na parede e tudo, tomamos uma cerveja e pronto. Na volta ainda passamos no supermercado de Columbus Circle para garantir o jantar. Mais fila. Nunca foi tão bom chegar em casa.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Nobu


A gente não podia passar este tempo todo em NY e não experimentar pelo menos um dos megabadalados restaurantes daqui, né? Fomos ao Nobu ontem. Um japonês que tem ninguém menos que Robert De Niro como dono. Uma frescura para fazer reserva, mas o Bru foi ninja e conseguiu. O lugar é lindo (já tem 3 em NY, fomos no da 57th que era pertinho do teatro). Tem o bar embaixo e um salão gigante para quem vai comer "upstairs". Um garçom te atende para bebidas, uma "maitre" te explica tudo do cardápio e te atende para as comidas. Pedimos 2 entradas: um sashimi de Yellowtail (que fomos descobrir que é o nosso pargo) com jalapeños e um molho vinagrete e um ceviche a moda Nobu, com vários frutos do mar. O ceviche veio muito bem servido. O sashimi veio com 6 fatias, por U$23! Depois pedimos sushis. Aqui os sushis você pede por roll. Pedimos de atum, califórnia, yellowtail e salmonskin, que veio com cenoura (esquisito, não gostamos não). De sobremesa, um tiramissu. Mas feito na hora. A massa e o mascarpone num copinho. Aí os caras colocam um filtro com pó de café e despejam água fervendo em cima. O café escorre sobre o doce. Bacana. Moral da história: é gostoso, mas não é isso tudo. É caro, mas dá pra pagar. Vale pela experiência. E hoje a gente vai de MacDonald's para compensar no bolso.

Wicked



O último musical da Broadway desta viagem. E o mais difícil de comprar ingresso também. Compramos esse na semana passada. Todos os outros comprei no dia ou na véspera. Wicked é o mais recente. E é bem legal. É a história de OZ, antes de tudo que a gente conhece no filme. Como a bruxa verde ficou daquele jeito. Altas maquiagens e efeitos visuais. Dragões voadores. E uma fada-patricinha bem engraçada. Fechei bem a temporada. Agora vou ter que alugar o filme, pr ver o que acontece depois, porque não lembro de nada do que a Dorothy, o cachorrinho dela, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão fazem. Só lembro de uma coisa e, depois de quase 40 dias longe, não podia deixar de concordar: "não há lugar como o nosso lar". Prontofalei.

Cafe Gitane




Comida boa em Nolita. Na Mott com a Spring. Esta dica eu tirei de um dos entrevistados do livro da Tania Menai. Fiquei curiosa, corri atrás e fomos lá. É bem pequeno, comida indiana moderninha. Estava cheio, a moça pediu 15 minutos pra gente e pediu pra gente dar um passeio porque não cabia a espera dentro do restaurante. Ok. Demos uma voltinha no quarteirão e lá estávamos nós de volta. Os caras não servem refrigerante. Pedimos um chá. Veio junto uma garrafinha de água, que a gente achou que era a tal da "tap water" (água de torneira), que eles oferecem de cortesia em todos os restaurantes daqui. Nem tocamos. O chá estava meio sem açúcar, o Bru até colocou um torrãozinho, mas como era gelado, não derreteu. Comi meu cuscuz marroquino (delicioso), ele comeu o franguinho dele. Quando acabou o chá, fomos tomar a água. Era um melado de água com muito açúcar para adoçar o chá. Burrões. Nas caixas de som, rock'n'roll pesado. Na parede, um altar para Jimy Hendrix. 

Battery Park





Fica lá embaixo, na ponta sul de Manhattan e foi literalmente onde tudo começou. Junta esta área com o Civic Center, que eu já contei aqui, e você está na NY colonial, nos cenários do Gangues de NY e de qualquer outro filme de época de Manhattan. Bom, no Battery Park ficava o forte que protegia a colônia dos invasores. Teoricamente deveria ficar por aqui um castelo e vários canhões centenários. Teoricamente, porque a fome bateu e a gente desistiu de procurar. Mas o que a gente viu:
... é daqui que saem as balsas gratuitas para Staten Island, para visitar a Estátua da Liberdade. Imagine a lotação de turistas que não estava o local.
... com os turistas vêm os vendedores ambulantes e os artistas de rua.
... o parque tem uma vista linda, mesmo que distante para a estátua. Com o solzinho, mesmo frio, batendo na cara, foi gostoso sentar num banco e ficar olhando pra ela de mão dada.
... os skatistas dominam uma área do canto do parque.
... tem um memorial dos marines com pedras gigantes e milhares de nomes encrustrados com a escultura de uma águia gigante guardando tudo isso. 

O touro



O ícone de Wall Street não fica em Wall Street. Fica no Bowling Green, uma praça mais pra baixo de Wall Street. E é um inferno tirar uma foto com ele. Os turistas quase se estapeiam esperando pela sua vez. A gente desistiu. Muitos passam as mãos no saco do pobre do touro de bronze, num ritual que promete atrair dinheiro. Tem hora que dá vergonha ser turista, viu?

Wall Street






Sai da Trinity Church, passa pela Bolsa de Valores, dá no Federal Hall. Pelos postes, várias placas contam a história da rua que mais movimenta - ou movimentava? - dinheiro no mundo. Os turistas se acabam nas fotos. Os seguranças quase enlouquecem diante de uma ameaça qualquer. Um árvore de Natal gigante anima o lugar. Luzinhas formando a bandeira dos EUA enfeitam as pilastras da bolsa. Todo mundo sobe na estátua para tirar fotos com George Washington: japoneses, indianos, árabes. Sei lá, o cara deve ter sido muito importante para eles também. E assim o mundo segue, comprando e vendendo milhões por segundo.