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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Véspera de Natal em NY






Não pára. A cidade não pára. As pessoas não param, as lojas não fecham. Uma voltinha no metrô é uma visita a um zoológico humano. Entra um trio de velhinhos cantando a capela. Depois um cara com uma camiseta de um centro de tratamento de AIDS falando que ele sabe que foi tudo culpa dele, que ele fez as escolhas erradas, mas ele só pede um prato de comida para o jantar de natal. Mais alguns minutos entra um senhorzinho mexicano cego, no metrô lotado, tocando um tecladinho bem desafinado e falando em inglês macarrônico. E nas cadeiras as pessoas com sacolas e mais sacolas de última hora remexem nas suas bolsas atrás dos trocados que sobraram. Outras nem se abalam. As lojas ficam abertas até o último minuto. Algumas têm que expulsar os clientes de lá de dentro. Pelas ruas muita gente às 18, 19H fazendo coisas corriqueiras, de um dia normal: limpando vidraças, pregando coisas na vitrine. Explico: a cidade tem muito, mas muito judeu, pra quem esta data não é grande coisa. Outra: a cidade também quer aproveitar ao máximo a avalanche de turistas que vem para NY nesta época, então... Mas esta é a parcela de gente que a gente cruza em Midtown, área pouco humanizada da cidade. Eu e o Bru reservamos a manhã para garantir a nossa ceia. Fomos até a Dean & Deluca do Soho e compramos tudo pronto. De tarde fomos ao Whole Food Market, um supermercado imenso só de produtos orgânicos que tem aqui perto para comprar alguns aperitivos. Depois fomos até o Gray's Papaya, no Upper West Side, traçar o hot dog mais famoso de NY. É bom, mas é um hot dog, pra que tanto alvoroço? Depois atravessamos o Central Park com a noite caindo e com muita neve ainda congelada pelo caminho. Lindo. Fomos barrados pelos soldadinhos de chumbo na Fao Schwarz, loja de brinquedos mais tradicional daqui, que já estava fechando suas portas. Voltamos para casa sob as milhares de luzes do Natal na Big Apple.

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