Tem um porta-aviões ancorado em Manhattan. Com toda a variedade da indústria de guerra dentro dele. Virou museu. E tem fila gigante na porta. Enquanto o museu do rock está às moscas, o museu da guerra transborda de gente. Faça guerra, não faça música. Impressiona. Um submarino atracado abrirá as portas na primavera de 2009 para visitação. Mas de fora já é uma coisa. Entrei em um Concorde, o supersônico de passageiros desativado em 2000. As janelinhas são micro. Mas ele atravessava o Atlântico em 3 horas. O próprio Intrepid é uma atração. Ele serviu a "Grande Nação Americana" na 2ª Guerra Mundial, logo depois dos ataques a Pearl Harbor. 3200 marines a bordo. Sofreu 4 ataques dos Kamikazes japoneses. Então foi a vez da Guerra Fria. Vietnã. Depois a corrida ao espaço. O Intrepid resgatava as cápsulas dos foguetes que voltavam a Terra com os astronautas. Quando achavam que ele ia virar sucata de guerra, alguém teve a idéia de transformá-lo em um museu. E lá ele está. Você passeia pelos alojamentos dos Marines, pelas salas de radar, sobe e desce. No convés estão as jóias da coroa: dezenas de aviões de guerra, dos mais variados modelos, o sonho de qualquer menino. Sérgio, meu irmão, você ia enlouquecer. F-14, F-16, o avião do Tom Cruise no Top Gun, tudo muito explicadinho para qualquer menina como eu conseguir entender. Ah, uma curiosidade: logo na chegada eles passam um filme para contar a história do Intrepid. Muitos veteranos já velhinhos dão seus depoimentos emocionantes, bem no estilo dos comerciais do Halo3, saca? E quem, se não o excelentíssimo senhor Bob McCain, está entre eles? Viés dos brabos. Confesso que saí aflita de lá. Com uma angústia danada dos caminhos para onde estamos levando o mundo. Esperando ver uma banquinha de alistamento em qualquer quebrada do museu (seria a hora exata, já que os olhos das crianças brilham como nunca). E com uma pulga atrás da orelha: porque 2/3 dos visitantes eram judeus ortodoxos?
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